A grande onda da transformação digital na saúde

Transformação digital na saúde
A tecnologia está presente em diversos campos das nossas vidas, estamos vivendo um intenso processo de transformação digital. E quanto à saúde, como está ocorrendo o processo de transformação digital na área? Até onde já avançamos? Como tornar este processo mais efetivo?
É recorrente a fala de que as instituições de saúde estão “atrasadas” no que diz respeito à digitalização quando comparadas a outros setores, por exemplo, no uso da tecnologia a favor dos seus pacientes. Explicaremos neste artigo um pouco sobre como a transformação digital vem se desenvolvendo no âmbito da saúde e como as instituições podem e devem se preparar para uma nova realidade, a qual já se faz presente. Para que possamos fazer uma contextualização entre tecnologia e saúde, falaremos sobre as quatro grandes ondas que mudaram a maneira como as instituições de saúde evoluíram:
 

  • 1ª grande onda: Chegada das “grandes latas”

A primeira onda foi a chegada dos grandes equipamentos, os quais vieram para auxiliar e dar mais autonomia nos diagnósticos e os tornaram mais rápidos e precisos. Aparelhos de radiografia, ressonância magnética, ultra-sonografia e tomografia são alguns dos exemplos.

  • 2ª grande onda: Automatização dos processos administrativos

Na “segunda onda”, todo o fluxo administrativo do paciente dentro da instituição passa a ser automatizado, ou seja, é quando começa a existir maior controle nos agendamentos de cirurgias e exames, no planejamento da entrada e saída dos pacientes nos ambulatórios e assim por diante. Além disso, as questões financeiras passam a ser automatizadas também, agilizando, por exemplo, o processo de faturamento.

  • 3ª grande onda: Gestão do processo assistencial

Na terceira onda mais dados passam a ser coletados e trabalhados de maneira a melhorar o processo de gestão da instituição como um todo. Dados de giro de leito e do número de cirurgias, métricas das emergências e das unidades de internação, controles dos exames, são alguns exemplos de informações que passam a ser melhor medidas e gerenciadas.
A partir destes dados as instituições passam a estruturar áreas de Business Intelligence, que consistem na coleta, organização, análise, compartilhamento e monitoramento das informações. Passam então a trabalhar melhor em questões como eficiência, gestão de custos, efetividade, entendimento dos valores de cada procedimento e assim por diante e, como corolário, passam a entender melhor a jornada dos pacientes.

  • 4ª grande onda: Introdução das informações clínicas do paciente

Nesta fase as informações clínicas dos pacientes começam a ganhar destaque. Os prontuários eletrônicos e prescrições eletrônicas tornam-se cada vez mais presentes. Passa-se a coletar e integrar dados de imagem, dos laboratórios, dos monitores, dos respiradores, etc. E assim o corpo clínico passa a ter acesso a múltiplos dados de maneira cada vez mais integrada e ágil, oferecendo maior qualidade no tratamento dos pacientes.
 
Digitalização versus Valor entregue

Neste artigo foram levantadas informações sobre a evolução da tecnologia aplicada na saúde. Entretanto, automatizar processos não significa necessariamente estar nos moldes da vanguarda da transformação digital. Para tal, é fundamental que não somente os dados saiam do papel, mas que exista inteligência por trás destas métricas a fim de garantir melhorias tanto para a instituição quanto para os pacientes.
 
Dificuldades para aplicar a transformação digital na saúde de forma correta
A primeira dificuldade a se elencar está relacionada à maneira com que a tecnologia vem sendo empregada nas instituições de saúde, muitas vezes deixando o valor entregue ao paciente em segundo plano e se desenvolvendo de maneira mais reativa do que preventiva.
Outra dificuldade neste processo é a necessidade de transformar a cultura de determinada instituição. A transformação digital faz parte de um processo maior, necessariamente correlacionado à cultura institucional e capacitação dos seus colaboradores (médicos, enfermeiros e todos os profissionais que terão acesso, em algum momento, aos dados dos pacientes). Deve-se ressaltar que o desenvolvimento do capital humano é tão importante quanto da própria tecnologia, portanto o primeiro deve sempre acompanhar o segundo. As instituições precisam assim considerar no investimento da sua modernização a necessidade de capacitar adequadamente suas equipes.
Conclusão
A transformação digital chega mais significativamente no setor saúde com certo “atraso” quando comparamos com outros setores. Entretanto, tais mudanças estão se tornando notórias e inevitáveis, trazem melhorias significativas para todos os envolvidos. É necessário que as instituições de saúde e seus líderes e profissionais estejam preparados e capacitados para que absorvam tudo isso da maneira mais ágil e positiva, a fim de agregarmos cada vez mais valor aos pacientes em suas jornadas.

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