Ao estruturar os seus projetos de educação continuada, hospitais e demais instituições de saúde devem estar atentos para contemplar um dos aspectos mais importantes, apesar de muitas vezes negligenciado: as ações de engajamento.
É comum que, em um primeiro momento, as preocupações se voltem para a escolha da plataforma, dos temas a serem abordados, dos profissionais habilitados para aplicar as aulas, dos alinhamentos entre os diferentes setores hospitalares envolvidos, dos detalhes técnicos etc.
Dessa maneira, as ações de engajamento são renegadas a um segundo plano – ou nem chegam a ser consideradas. A consequência é imediata: um projeto promissor pode simplesmente demorar a ter a quantidade de público que merece.
Parte integral do projeto
Assim, é preciso que as ações de engajamento sejam pensadas não em um segundo momento do processo, e sim como parte integral de toda iniciativa de educação continuada.
Deve-se ter em mente que toda estruturação do projeto tem de estar condicionada à receptividade das pessoas. Mas, como isso pode acontecer com eficiência se você sequer definiu com exatidão qual é o seu público-alvo e como atingi-lo?
Quando se trabalha com produção de conteúdo, não devemos nos deter ao que parece mais óbvio, ou seja, ao conteúdo em si. Precisamos abrir o leque e definir: quem irá produzi-lo, para quem, de que maneira e com qual objetivo.
Educação voltada à prática
Projetos educacionais corporativos têm suas peculiaridades com relação ao método professor-aluno tradicional.
A principal diferença está no fato de que a aquisição de conhecimento por si só não basta. Tudo o que é aprendido deve ser aplicado no dia a dia e impactar nos resultados – e, por isso, ser passível de medições.
Em outras palavras, o conhecimento não fica retido somente no processo interno de aprendizado do colaborador. Pelo contrário, ele deve ser posto em prática a ponto de, em certa medida, alterar os parâmetros da instituição.
Primeiros passos no engajamento
Um engajamento efetivo deve resultar na melhor retenção das informações, aumento do interesse no aprendizado, aplicação prática facilitada e retorno à instituição.
Com isso em mente, um projeto de educação corporativa deve lidar ao mesmo tempo com duas frentes: é preciso considerar tanto as necessidades da instituição, quanto a dos colaboradores.
Quando somente uma delas é priorizada, a outra perna vai enfraquecer e comprometer a caminhada. Instituições são feitas por pessoas e estas precisam daquelas como base do seu desenvolvimento. É uma simbiose.
Assim, nada engaja mais no ambiente corporativo do que deixar claro ao profissional quais ganhos reais ele terá após a assimilação e aplicação do conteúdo.
Antes de aderir às aulas, algumas perguntas certamente irão surgir na mente do colaborador – e pelo menos uma delas deve ser respondida a contento:
. Este conteúdo vai facilitar o meu trabalho?
. Ele vai me ajudar no futuro?
. Ele será útil para o desenvolvimento da minha carreira?
. O ambiente de trabalho vai ficar melhor se fizermos esta aula?
. Eu tenho chances de ganhar mais depois de aprender isso?
. Isso é legal, interessante ou mesmo divertido em alguma medida?
Ideias para ações de engajamento
Quanto mais respostas positivas determinado conteúdo oferecer ao colaborador, mais engajamento haverá.
Claro, dar conta de todas elas é bastante desafiador. Porém, não atender a nenhuma delas é um forte sinal de que o seu conteúdo agrega muito pouco à vida de quem você deseja impactar.
Para que isso não ocorra, apresentamos algumas dicas:
. Ouça o público-alvo: saber o que os colaboradores de fato precisam e entendem como valor aumenta demais as chances de engajamento.
. Consulte stakeholders: saiba de alguns especialistas de dentro ou de fora, mas que de alguma forma se relacionam com a instituição, quais conteúdos devem ser priorizados.
. Benchmark: tenha ciência do que os concorrentes ou semelhantes em seu mercado estão oferecendo. A partir disso, selecione o que vai ao encontro das necessidades de sua instituição e dos seus colaboradores.
. Mire o futuro: além das necessidades imediatas, busque as principais tendências do campo de atuação da sua instituição e projete conteúdos que preparem sua equipe para elas.
. Pessoas em primeiro lugar: nada faz sentido se as pessoas não são tratadas como prioridade. Por isso, invista em conteúdo de soft skills. Hoje em dia, eles são um dos mais procurados por profissionais de diferentes níveis.
Forma dos conteúdos
Conteúdos selecionados? Agora é hora de estudar o formato. As ferramentas de educação digital permitem uma série de adaptações e ferramentas complementares – que facilitarão o acesso, a interação e, por consequência, a aderência dos usuários.
Algumas dicas são:
. Material personalizado: ouvir os colaboradores e stakeholders potencializa a instituição a oferecer um conteúdo bastante personalizado, certeiro e adequado à cultura organizacional. Assim, ninguém fica com a sensação de que está perdendo tempo.
. Conteúdos assíncronos: grave as aulas e as deixe disponíveis dentro de sua plataforma de ensino. Assim, o aluno definirá qual vai ser o melhor momento e local para assisti-las.
. Aulas curtas: sempre que possível, disponibilize o conteúdo em forma de aulas de curta duração, dividida em módulos. Fazendo uma comparação, em vez de disponibilizar um filme, ofereça vários episódios de uma série.
. Desafios e gamificação: plataformas de ensino como a do Medportal suportam ferramentas de gamificação. Com isso, é possível criar pequenas tarefas lúdicas, permitindo que o material seja assimilado com mais leveza e interatividade.
. Atividades extra aula: criar espaços de interação e/ou oferecer conteúdos complementares são uma ótima forma de expandir o aprendizado, criar uma comunidade, fixar o conteúdo e manter o engajamento além do curto tempo de duração de uma aula. Fóruns de discussão e webinares interativos são boas opções para isso.
. Reconhecimento: missão cumprida? É hora de recompensar quem chegou ao fim da jornada! Ofereça algum benefício àqueles que concluíram o curso. Faça com que eles se sintam especiais e deixe claro para onde a aplicação do conteúdo aprendido pode levá-los.
Feedback e melhoria contínua
Outros recursos que devem ser utilizados principalmente quando o conteúdo é oferecido de maneira contínua e digital são as avaliações e feedbacks.
Se antes ouvimos os colaboradores para saber o que eles desejavam aprender, depois também é preciso fazer o mesmo. Assim, saberemos se o conteúdo atendeu às expectativas, quais pontos merecem destaque e quais precisam de melhorias.
Quanto mais adaptado e personalizado às carências dos colaboradores, mais chances de motivá-los. Além disso, com o passar do tempo, é sempre preciso fazer uma ou outra reformulação para manter o conteúdo relevante.
Também é preciso comprovar na prática se o conteúdo está sendo útil para a instituição. Por isso, crie métodos de avaliação tanto do curso em si, quanto da rotina de trabalho dos colaboradores.
Saber como determinada tarefa era feita antes e como está sendo cumprida depois é essencial para definir o impacto de todo projeto educacional na instituição.
Soluções do Medportal
Podemos ajudar você em cada um dos pontos citados neste artigo.
Nossa plataforma de ensino a distância oferece todas as ferramentas para você criar e engajar cursos, treinamentos e oficinas, com espaço para integração de múltiplas mídias, linguagens e recursos.
Além disso, é possível realizar as atividades de maneira síncrona ou assíncrona, com possibilidade de avaliação e acompanhamento constante dos resultados.
Se não for possível que todo o treinamento seja aplicado virtualmente, nossa plataforma permite que você faça a gestão das atividades presenciais, rastreando e comprovando a aderência dos participantes a elas.
Com isso, atendemos a centenas de instituições em seus programas corporativos de educação e desenvolvimento profissional. Só em 2023, impactamos cerca de 500 mil profissionais de saúde.
Além disso, expandimos nossos horizontes por meio de outras ações, como parcerias com instituições nacionais e internacionais para o oferecimento de programas de formação profissional para lideranças, encontros periódicos entre grandes players de saúde, ambientes digitais de interação etc.
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