Ensino phygital na saúde: uma experiência de aprendizagem atrativa e sustentável

Embora a educação presencial ainda seja a zona de conforto de muitas pessoas, o ensino híbrido chegou de mansinho e foi se estabelecendo até tornar-se um programa de educação formal. Esse modelo traz o melhor da educação presencial com a cereja do bolo do EAD. 

Mas talvez o termo “híbrido” já não seja mais suficiente para abarcar o novo modelo de aprendizagem. Por isso hoje fala-se em “phygital” – ou figital – que compreende justamente essa convergência do mundo físico com o mundo virtual e suas implicações reais no processo de ensino.

Muita gente defende que esse modelo veio para ficar.

O professor José Moran é um deles. Pesquisador e designer de ecossistemas inovadores na educação, Moran é um dos fundadores do “Projeto Escola do Futuro” da USP (Universidade de São Paulo), onde deu aulas de Novas Tecnologias. 

Em seu artigo “Educação híbrida: um conceito chave para a educação, hoje”, o pesquisador reforça que apenas mudando a educação é possível mudar o mundo. E é preciso começar por nós mesmos.

Então, que comecemos com conhecimento, afinal, tem tido um crescente aumento na demanda de ações de formação. Isso porque está cada vez mais claro que aquela nuvem que integra conhecimento, experiências e boas práticas impacta o resultado do negócio.

E o phygital cumpre a função principal da educação de auxiliar o aprendizado do estudante, por meio da comunicação e do compartilhamento de informações, com o objetivo de construir histórias de vida que façam sentido, que possibilitem uma melhor compreensão do mundo, que despertem a capacidade de lidar com o próximo e de entender o funcionamento de si mesmo. E é primordial entendermos que, mais que nunca, se queremos estar atualizados nos dias de hoje, estudar é tarefa para a vida toda.

A educação já é um dos pilares evolutivos da maioria das corporações, que disponibilizam programas educacionais para o desenvolvimento de seus colaboradores de acordo com seus os objetivos estratégicos.Tais programas, primordialmente, precisam estimular os colaboradores a evoluir como pessoas, desenvolvendo a capacidade de fazer escolhas pessoais e técnicas adequadas, de modo a se libertarem das dependências, tornarem-se mais produtivos e realizados e contribuírem para o crescimento de suas corporações.

Mas afinal, o que é o ensino híbrido?

“O ensino híbrido é um programa de educação formal no qual um aluno aprende, pelo menos em parte, por meio do ensino online, com algum elemento de controle do estudante sobre o tempo, lugar, modo e/ou ritmo do estudo, e pelo menos em parte em uma localidade física supervisionada, fora de sua residência”.

A definição acima é do professor de Administração de Empresas na Harvard Business School, Clayton M. Christensen, considerado um dos maiores especialistas do mundo em inovação e crescimento.

Em seu artigo “Ensino Híbrido: uma Inovação Disruptiva? Uma introdução à teoria dos híbridos”, escrito em parceria com Michael B. Horn e Heather Staker, Christensen explica que esta forma híbrida é uma tentativa de oferecer as vantagens da educação online combinadas com todos os benefícios da sala de aula tradicional.

E ainda conceituando o ensino híbrido, o autor afirma que as práticas de Rotação por Estações, Sala de Aula Invertida e Laboratório Rotacional seguem o modelo de inovações híbridas sustentadas e incorporam as principais características tanto da sala de aula tradicional quanto do ensino online.

Já as práticas Flex, A La Carte, Virtual Enriquecido e de Rotação Individual têm se desenvolvido de forma mais disruptiva em relação ao sistema tradicional, e até por isso geram mais impacto nos estudantes. Vejamos o que elas significam.


Modelos sustentados e modelos disruptivos

As práticas que integram essas duas categorias de ensino híbrido dizem respeito ao nível de inovação e de disrupção que se consegue projetar nas experiências educacionais híbridas.

  • MODELOS SUSTENTADOS

A Rotação por Estações propõe a utilização de diferentes recursos, como realidade aumentada, animação, entre outros, para experiências práticas do cotidiano, como lavar corretamente as mãos de modo a garantir a segurança do colaborador.

Na Sala de Aula Invertida o aluno é convidado a passar por um processo de formação para que tenha suporte, know how para discutir determinados assuntos no encontro presencial. Em outras palavras, é uma capacitação que prepara o estudante para que o momento presencial seja afinado.

Laboratório Rotacional é o momento em que o aluno tira dúvidas, conversa com o tutor, que deve ser preparado para conduzi-lo, e desenvolve atividades. 

As práticas dos modelos sustentados visam proporcionar experiências de aprendizagem mais assertivas para os estudantes.

  • MODELOS DISRUPTIVOS

As práticas Flex trazem uma variação das atividades entre momentos síncronos e assíncronos. 

Na proposta A La Carte, o aluno faz a curadoria do conteúdo e escolhe o quê, quando e como aprender. Ele monta a sua própria trilha de aprendizagem.

O modelo Virtual Enriquecido proporciona, basicamente, oportunidades para que os alunos tenham momentos síncronos e assíncronos com a mesma regularidade. Ou seja, para cada 1h de aprendizado online autônomo, ele deve ter 1h de aprendizado com a turma, seja no presencial ou no virtual, como tem sido permitido ultimamente. 

E, por fim, a Rotação Individual estabelece roteiros didáticos para percursos específicos para cada aluno, que atendam de maneira personalizada as suas demandas pessoais. É uma excelente forma de ensino, porém exige mais tempo e dedicação. Atualmente a tecnologia e a Inteligência Artificial aplicadas ao processo de aprendizagem facilitam a sua adoção em maior escala.

Os modelos disruptivos também visam proporcionar experiências de aprendizagem mais assertivas, com o diferencial de que impactam mais justamente pela disrupção, pela novidade.


Benefícios do ensino híbrido

São inúmeros os benefícios do ensino híbrido. Não é à toa que tantos pesquisadores defendem que ele será definitivamente estabelecido e adotado como o modelo padrão de educação em um futuro próximo. 

O primeiro ponto de destaque é a interação que ele possibilita, as pessoas constroem colaborativamente o tempo todo. O ensino híbrido também estimula a aprendizagem ativa, ou seja, o aluno torna-se o protagonista do seu processo de aprendizagem, participando ativamente, se valendo desses momentos online para ter contato com conteúdos que alimentam discussões, laboratórios e estudos de caso do presencial. 

Todo esse contexto promove uma aprendizagem significativa, isto é, o aluno aprende para além da tela do Zoom. Ele se torna capaz de ensinar o que aprendeu e aplicar aquele conhecimento em outro contexto. Em outras palavras, as novas competências já se tornaram uma memória de longo prazo

O ensino híbrido gera uma melhora no engajamento em relação ao EAD, por exemplo, com os encontros em que se estimula a turma e potencializa todas as discussões, porque o foco está no que realmente é significativo para os alunos.

E além de todos esses benefícios reunidos – educação personalizada, aprendizagem significativa, melhoria do engajamento, flexibilidade – ainda reduz as despesas com os encontros presenciais. De um modo geral, o ensino híbrido melhora a experiência de aprendizagem do aluno.

E isso é ainda mais identificável na área da saúde. Porque muitos treinamentos dependem de simulações que não podem ser feitas somente pelo computador – como por exemplo procedimentos de ressuscitação, punção lombar, traqueostomia e demais intervenções, de urgência ou não.

Ou seja: o ensino híbrido não só é recomendável, como muitas vezes é essencial. É a combinação entre o conteúdo certo de EAD e de técnicas presenciais acelerando o conhecimento, o que determina o sucesso do programa. 


Um grande diferencial

Nesse contexto todo, as plataformas de LMS (Learning Machine System) se configuram como um grande diferencial no ensino híbrido, já que são ferramentas importantes para um ensino à distância moderno, viabilizando interação, treinamentos e produção de conteúdo personalizado. 

Para o professor da USP, “a aprendizagem se constrói num processo equilibrado entre a construção coletiva – através de múltiplas formas de colaboração em diversos grupos – e a personalizada – em que cada um percorre roteiros diferenciadores. A aprendizagem acontece no movimento fluido, constante e intenso entre a comunicação grupal e a pessoal, entre a colaboração com pessoas motivadas e o diálogo de cada pessoa consigo mesma, com todas as instâncias que a compõem e definem, numa reelaboração permanente”.

Nesse sentido, quando se fala em tecnologias híbridas, como as plataformas de LMS, fala-se também em integração. “Híbrido também pode ser um currículo mais flexível, que planeje o que é básico e fundamental para todos e que permita, ao mesmo tempo, caminhos personalizados para atender às necessidades de cada aluno”, defende Moran.

E é exatamente nesse contexto que o Medportal atua, oferecendo conteúdo de formação básica para profissionais do setor da Saúde, mas também possibilitando a criação de conteúdos personalizados. A tecnologia do Medportal permite que a instituição de saúde personalize trilhas de aprendizagem facilitando a aplicação dos modelos de aprendizagem híbrida acima descritos.

Para saber mais sobre ensino híbrido ou sobre a plataforma Medportal, clique aqui e entre em contato conosco. 

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